Ministérios custam R$ 214 bilhões: situação difícil...
Quando a população sente, no bolso, o aperto fiscal, em contrapartida deseja sentir, por parte do Governo Federal, uma conduta aliada, parceira, no esforço de combate à inflação e reconquista da estabilidade da moeda.
Não é o que acontece. São tantos os problemas da estrutura do Estado Brasileiro que vamos nos restringir a alguns, em razão de tão complexa e difícil ser a análise de todos os dilemas que corroem os cofres públicos e atormentam a todos. Por exemplo: os gastos com cartões corporativos são secretos e as instituições continuam gastando e aumentando as despesas.
A presidência da República é uma caixa preta. O judiciário, do qual tanto se espera, é dos primeiros a reivindicar vantagens. É emblemática a extensão do pagamento de auxílio-moradia às demais justiças, mesmo naquelas situações em que o beneficiário tenha residência na cidade em que trabalha.
Os financiamentos internacionais a países “amigos” são feitos sem a devida transparência e, pasmem, enquanto precisamos melhorar a infraestrutura em portos, aeroportos, ferrovias, rodovias, assiste-se escapar do país recursos fundamentais para atingir tais conquistas. Diante de tanta irresponsabilidade e ausência de investimentos na saúde, educação e segurança pública, ficamos diante de abusos na “gordura” da máquina do Estado. Inchada, desproporcional, não cumpre fielmente sua destinação republicana e efetivamente revela-se um “cabide de emprego” pesado à população, quer seja a nível federal, estadual ou municipal, com raras exceções nas duas últimas.
Creio que de tudo de tudo, a estrutura do Estado, quer seja principal (Governo Federal) ou federados (Estados) é a questão da estrutura montada para “atender” ao contribuinte. Pura falácia. Numa estrutura existente, para que possamos entender a imensa estrutura administrativa de 39 ministérios, o custeio, consome por ano R$ 424 bilhões, desde 2010.
Retire do total o gasto com o pessoal: R$ 214 bilhões, o que equivale a 4,1% do Produto Interno Bruto – BIP. Fica difícil... No barco estão 113 mil apadrinhados.
(Com informações de Isto É e Folha Centro Sul).
Gilberto Clementino dos Santos
Análise política e econômica
